Do Desastre ao Triunfo

variação, ondulação e vibração.

sexta-feira, julho 29, 2011

Estamira, 1941-2011









"A minha missão, além de eu ser Estamira, é revelar a verdade, somente a verdade: Seja a mentira, seja capturar a mentira e tacar na cara... ou então, ensinar a mostrar o que eles não sabem."
"Cegaram o cérebro, o gravador sangüino, e o meu eles não conseguiram, porque eu sou formato gente, carne, sangue, formato homem, par."
"Tem o eterno, tem o infinito, tem o além, e tem o “além dos além.”. o além dos além vocês ainda não viram. Cientista nenhum ainda viu o além dos além ."
"Se eles acham que eu sou feiticeira, eu sou feiticeira... mas não sou feiticeira falsária, nem perversa não... mas eu sou ruim, perversa eu não sou. Mas ruim eu sou..."
"Comunismo é igualdade. Não é obrigado todos trabalhar num serviço só, não é obrigado todos comer uma coisa só, mas a igualdade é a ordenança que deu quem revelou o homem como o único condicional."
"O além do além é um transbordo."
"A culpa é do hipócrita, mentiroso, esperto ao contrário, entendeu? Que joga pedra e esconde a mão. Do qual, antes de ontem eu tive um abriga com o meu próprio pai. Meu pai astral."
"Visivelmente, naturalmente, eu tenho a impressão de que se eu desencarnar, eu tenho a impressão que eu serei muito feliz."
"Vocês não aprendem na escola, vocês copiam. Vocês aprendem é com as ocorrências."


"Ó lá, os morros, as serras, as montanhas, a paisagem, e Estamira!... Estamar...Estasserra...Estamira está em tudo quanto é canto...tudo quanto é lado... até meu sentimento mesmo vejo... todo mundo vê Estamira!..."

Marcadores: , , , , ,

quarta-feira, julho 27, 2011

Textos curtíssimos - Vinil, Tale, Wordly, Chefão III, Terror das Mulheres, Profeta, Viajante e Vida Cigana

Bíblia para crianças em macabras fotos, sons e cores.

"Vinil Verde" (Kléber Mendonça Filho, Brasil, 2004). 7,5/10

-----
Afinal o cinema trata de fingimentos: de postura, de morte, de importância, de amizade, de orgasmos, de emoções...

"Tale of cinema" (극장전, Hong Sang-soo, Córeia do Sul, 2005). 7,5/10

-----
Não é o Joe, além de tudo de melhor que se pode dizer, um exímio utilizador de música? Aqui os bastidores interessam muito mais que o próprio filme. Um aprendizado de como ser Apicha: revela, ele, alguns de seus segredos estilísticos. Faça nota, futuro cineasta!

"Worldly Desires" (Apichatpong Weerasethakul, Tailândia, 2005). 9/10

-----
Mais americanos do que nunca, a saga dos mafiosos cai no ninho do cristianismo mais doentio, corrupto e belo.

"O poderoso chefão III" (The godfather: part III, Francis Ford Coppola, EUA,  1990). 8,5/10

-----
Todo meu respeito ao Jerry Lewis e minhas desculpas por não embarcar por completo em seu colorido teatro de revista.

"O terror das mulheres" (The Ladies Man, Jerry Lewis, EUA, 1961). 5,5/10

-----
Fantasmas perseguem numa cadência de tirar o fôlego. Mas vai ser preciso mais do que isso para superar a impressionante realidade ficcional de "O prisioneiro da grade de ferro".

"O profeta" (Un prophète, Jacques Audiard, França/Itália, 2009). 6,5/10

-----
Marília Pera e Leandra Leal nos seduzem no envolvente conto moral de narrativa cambaleantemente bela. 

"O viajante" (Paulo César Saraceni, Brasil, 1999). 6,5/10

-----
Talvez muito tenha se perdido com o corte das 5 horas originais de filme. Já faz certo tempo que vi o filme, mas identifico a formação criminosa do antes ingênuo protagonista como um problema, devido aos saltos temporais que modificam personalidades de uma hora para outra. As cenas iniciais são bonitas, mas quem quer realizar algo mais grandioso deve ter consciência do risco.

"Vida cigana" (Dom za vešanje, Emir Kusturica, 1988). 5,5/10

Marcadores: , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Textos curtíssimos - Cópia Fiel, Lola, The Wall, Meia-noite, Darkness, Bom Trabalho e Todos os Outros

Saia de mim diabinho que diz "o filme não é tudo isso. Alguns diálogos são forçados. É um Kiarostami amaciado. Filme de encomenda". Estamos diante de um exercício de estilo que junta forma e conteúdo para criar um verdadeiro mindfuck no espectador. Um dia revejo.

"Cópia fiel" (Copie conforme, Abbas Kiarostami, França, 2010). 7/10

-----
Câmera inquieta em defesa das velinhas contra o rigoroso mundo burocrático - o único vilão de um filme em que os bandidos estão ancorados nas diretrizes do direitos humanos.

"Lola" (Brillante Mendoza, Filipinas, 2009). 7/10


-----
Frustante o suficiente para me fazer rever a apreciação de um dos meus discos favoritos. Aqui, o rock opera nunca foi soou tão esquizofrênico e caricato.

"Pink Floyd: The Wall" (Alan Parker, Inglaterra, 1982). 3,5/10


-----
É quase uma crítica extra-filme, mas em se tratando de Woody acho que vale: aqui ele não engana ninguém, mesmo com sua cruzada contra o romantismo saudosista, sabemos melhor que ninguém que é ele um dos que mais reclamam dos novos tempos. Apesar da morbidez, daremos o braço a torcer: a Era do Ouro é mesmo tentadora e mágica, e além disso a intelectualidade (por legitimada) não era tão depreciada!

"Meia-noite em Paris" (Midnight in Paris, Woody Allen, 2011). 6,5/10

-----
E minha iniciação com o Svankmajer foi com o filme que mostra o homem sendo formado do barro; homem esse que depois de feito apaga o "e fez-se a luz"... insira você um simbolismo para isso. Além desse fato, não tem só barro: língua e cerébro; pura carne vermelha. Melhor trabalho de sonoplastia de todos os tempos? 
(E são só 6 minutos de obra-prima, veja aqui)

"Darkness/Light/Darkness" (Tma/Svetlo/Tma, Jan Svankmajer, Checoslováquia, 1990). 8,5/10

-----
Cinema físico por excelência, mas que deixa lá a marca impressa da metafísica: o homem procurando se achar, mas perdido nas imensidões da natureza e de dois elementos ainda mais extensos: a existência humana e o desafio do encontro/contato.

"Bom trabalho" (Beau travail, Claire Denis, França, 2000). 8,5/10


-----
Não se constrinja em entrar em tal grau de intimidade com um casal a ponto de explodir, como qualquer outro. A climática contenção emocional do cinema contemporâneo ajuda.

"Todos os outros" (Alle Anderen, Maren Ade, Alemanha, 2009). 6,5/10

Marcadores: , , , , , , , , , , , , , , , ,

segunda-feira, julho 25, 2011

Michael Cacoyannis, 1922-2011














Zorba, o grego. Stella. A mulher de negro. Ifigênia. Electra.

Marcadores: , , ,

quinta-feira, julho 21, 2011

Assalto ao Banco Central

Baseado no roubo ocorrido em Fortaleza em 2005, o filme frustra, principalmente, por sua incapacidade de criar clima e tensão – elementos essenciais para uma película de ação que se preze. Por causa do gênero, não era de se esperar, nem muito menos exigir, a presença de diálogos profundos e personagens não estereotipados. Era necessário, porém, tendo nas mãos esse roteiro, que só não pode ser considerado como infantil por causa dos palavrões e da violência, direcionar a realização para um caminho menos óbvio e com menor postura, enfiada goela abaixo, de “filme sério e bem realizado”. Que assumisse então a tendência kitsch e tosca, que sempre esbarra de maneira involuntária, principalmente por causa de seus diálogos imbecis e trilha sonora mostruosa de desapropriada. Ao invés disso, "Assalto ao Banco Central" pode ser etiquetado com o selo de “cinema brasileiro de qualidade”: fotografia bonita, som poderoso e montagem eficaz. O típico filme da Retomada que justifica o suposto “grande avanço do cinema brasileiro” tão papagaiado por aí.


"Assalto ao Banco Central" (Marcos Paulo, Brasil, 2011). 3/10

Marcadores: , ,

terça-feira, julho 19, 2011

o rio viola



Marcadores: , , , ,