Do Desastre ao Triunfo

variação, ondulação e vibração.

terça-feira, janeiro 10, 2012

TOP 100 - Melhores músicas de 2011 (#20 - #01)


20. The Field: "Arpeggiated love"



Não consigo agora mais do que nunca, transformar em palavras o sentimento causado por techno dos sonhos.

19. Panda Bear: "Afterburner"



A viagem do disco Tomboy mais consistente, mas não por isso menos louca. “I don't buy. I don't buy it”.

18. James Blake: "The Wilhelm Scream"  



Da invenção do soul music com Ray Charles nos anos 50 e passando pelas experimentações de Kraftwerk, fundamentais para a criação dos sintetizadores eletrônicos nos anos 70, chegamos em 2011 com essa pérola que reúne o bom dos dois: emotividade e artifício. “I'm fallin, fallin, fallin, fallin. Might as well fall in”.

17. Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho: "Meu poeta"



Os gênios do samba-pagode nos trazem um exemplo perfeito e sincero do estilo romântico e popular da dupla.

“Samba com cheiro de flor, acho que ela vai gostar”.


16. Nicolas Jaar: "Space is only noise if you can see"



Não só barulho, é também melodias eletrônicas perfeitas, ainda que seguindo um destino caótico e inesperado. “Replace the word space with a drink and forget it”.

15. R.E.M.: "Überlin"



A melhor despedida que o R.E.M. poderia nos dar é essa balada melódica à moda antiga, como só eles conseguem pintar. “I am flying on a star into a meteor tonight”.

14. Filipe Catto: "Ave de prata"



Obra-prima criada por Zé Ramalho tem aqui sua roupa mais confortável: a voz cristalina e potente desse novo grande intérprete. “E cada coisa perdida perdidamente pode se apaixonar”.

13. Matana Roberts: "How Much Would You Cost?"



Aqui é onde Matana atinge o máximo de emotividade em sua constante tentativa de contato com seus ancestrais. “Let’s dance, celebrate life”.

12. Letuce: "Acontecimentos"



Mesmo que os sintetizadores dos anos 80 possam soar, hoje em dia, datados, o programa Som Brasil ajudou a mostrar que não é por isso que se deve desconsiderar Marina Lima como uma grande compositora. Se o que era preciso para suas músicas melhorarem era um arranjo mais atraente e uma voz mais intensa, eis que surge Letuce. “Mas quando anoitece tem festa no outro apartamento”.

11. Mariana Aydar: "O homem da perna de pau"



Transformada de forró para guitarrada, a versão mantém a pegada imensamente contagiante. “Eu vou mostrar como é que é”.


Me desculpem, mas a partir de agora as músicas já podem falar por si mesmas:

10. Radiohead: "Lotus flower"



Slowly we unfurl
As lotus flowers'
Cos all I want is the moon upon a stick
I dance around the pit
The darkness is beneath
I can't kick your habit
Just to feed your fast ballooning head
Listen to your heart

09. Caetano Veloso: "Eu sou neguinha?"



Era uma mensagem, lia uma mensagem
Parece bobagem mas não era não
Eu não decifrava, eu não conseguia
Mas aquilo ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia
Eu me perguntava: era um gesto hippie, um desenho estranho
Homens trabalhando, pare, contramão
E era uma alegria, era uma esperança
E era dança e dança ou não ou não ou não ou não ou não
Tava perguntando:
eu sou neguinha?

08. Letuce: "Grávida"



Eu tô grávida
Esperando um avião
Cada vez mais grávida
Estou grávida de chão
E vou parir, sobre a cidade
Quando a noite contrair
E quando o sol dilatar,
dar à luz

07. Charles Bradley: "Why is it so hard"



I TRY SO HARD
TO MAKE IT IN AMERICA
A LAND OF MILK AND HONEY
A LAND SUPPOSED TO BUILT WITH LOVE
IT TAKES LOVE AND UNDERSTANDING
TO LIVE AND LET LIVE

06. The Black Keys: "Nova baby"



All your enemies
Smile when you fall
Take it coz you
Dont know what you want
Oh... this love of mine
All my precious time
You've waste it coz you
Don’t know what you want
Don’t know what you want

05. Radiohead: "Staircase"



The pot is full
Let me take control, let me take control
The pot is full
of secrets to be told, secrets to be told.
Out of orbit
and I always will.

04. Björk: "Cosmogony"



And they say back then
Our universe was an empty sea
Until a silver fox and her cunning mate
Began to sing a song that became
The world we know

03. Charles Bradley: "Stay away"



Monkey see, monkey do (I don't know why)
I'd rather be dead than cool (I don't know why)
Every line ends in rhyme (I don't know why)
Less is more, love is blind (I don't know why)

02. The Caretaker: "All you are going to want to do is get back there”







01. Gal Costa: "Recanto escuro"



Coisas sagradas permanecem
Nem o Demo as pode abalar
Espírito é o que enfim resulta
de corpo, alma, feitos: cantar

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segunda-feira, janeiro 09, 2012

TOP 100 - Melhores músicas de 2011 (#40 - #21)


















40. Charles Bradley: "Heartaches and pain"



Além da voz sobre-humana, Charles Bradley se mostra como um verdadeiro soulman, com uma alma cheia de pesar e fúria. "'Charles you gotta stand tall because life is full of sorrow heartaches and pain".

39. Adele: "Rolling in the deep" (Jamie xx remix)



A versão original me parece um pop-soul cansativo e hiper-produzido. Adele, no entanto, tem um ótimo alcance vocal que só agora é ressaltado nessa versão minimalista do seu maior hit, focada em percussões variadas e marcantes. "But you played it to the beat".

38. Girls: "Vomit"



Bela epopeia musical que eleva seus tons aos poucos para chegar ao seu clímax apoteótico. "I spend 'em runnin' 'round lookin' for you, baby".

37. Radiohead: "Morning Mr. Magpie"



A comprovação que a inquietação e seu flerte com o que há de mais moderno no eletrônico irão sempre impedir que a banda nos trague as mesmas músicas de sempre. "You got some nerve coming here”.

36. Matana Roberts: "Libation for Mr. Brown"



Matana descansa seu sax para esse work song, o canto de escravos que inspiraram o blues. A vocalização pura, a capella, segue até entrar um baixo e bateria a serviço das vozes que inspiram profunda melancolia ao discorrerem sobre um leilão de escravos.

35. Kate Bush: "Snowflake"



A reiteração para efeitos mais dramáticos não é exclusividade da música eletrônica. Kate Bush só precisa de uma linha de piano para criar essa espécie de mantra. "The world is so loud, keep falling and I'll find you".

34. Bon Iver: "Calgary"



Folk atmosférico destacado pelo agudo melancólico de Bon Iver. “So it's storming on the lake, little waves our bodies break”

33. Tom Waits: "Back in the crowd"



Subvertor de gêneros, agora Tom Waits, com sua voz sobrenaturalmente grave, nos embala nessa canção de ninar vinda direto do inferno. “If you don't want these arms to hold you”.

32. Dorgas: "Loxhanxha"



O Brasil também faz seu math rock conjugando atmosfera e groove.

31. Blawan: "Getting me down"



O que o dubstep tem de mais dançável. “I know anybody's gonna be lonely”.

30. Yuck: “Get away”



Se surgirem outras distorções pops como essa a falta de um novo trabalho do Sonic Youth, que deram um tempo, não será tão sentida. “Me and my guitar drowning down and down”

29. Autoramas: “Abstrai”



Nos mostra que não parece ser tão difícil fazer uma perfeição rockeira com a simplicidade da jovem guarda e as variações do post-punk. “Desencana, não generaliza”.

28. The Black Keys: “Lonely boy”



O que se pode dizer dessa sublimidade é que é impossível de se escutar uma vez só. “Oh oh oh I got a love that keeps me waiting”.

27. PJ Harvey: “The glorious land”



Abençoada de que? Por quem?  PJ Harvey, com uma voz e curiosidade infantis quer desvendar esse terreno baldio que é os Estados Unidos da América. “Oh what is the glorious fruit of our land? Its fruit is deformed children”.

26. Bon Iver: “Beth/rest”



A música mais brega do disco do Bon Iver é também sua melhor. Sem medo de perder a mão na dramaticidade, com o uso de órgãos e teclados retrô, Iver nos entrega sua peça mais bela. “I ainʼt living in the dark no more”.

25. Mastodon: “Curl of the burl”



Um pouco de peso para voltar a respiração. “That's just the way of the world“.

24. Cults: "You know what I mean"



Inicia-se como um doo wop vindo dos anos 50 para no refrão pegar uma carga mais rockeira. A junção é incrivelmente uniforme. “And I can't sleep alone at night”.

23. Pélico: “Recado”



Um Roberto Carlos moderno. “Nem anjos e santos de pura bondade pra te perdoar”.

22. Metá Metá: “Obatalá”



Instrumental marcado pelo perfeito violão de Kiko Dinucci e a voz cristalina de Juçara Marçal.

21. Beyoncé, Jay-Z & Kanye West: “Lift off”



O eletrônico marcial servindo para uma Beyoncé, fora do mainstream, em estado de graça. “Now we gon' take it to the moon, take it to the stars”.

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domingo, janeiro 08, 2012

TOP 100 - Melhores músicas de 2011 (#60 - #41)















60. Tim Hecker: “In the fog”



Também poderia ter escolhido “No drums”, mas a versão das três sequências de “In the fog” nos mostra a capacidade de Tim Hecker de criar sons fantasiosos.

59. Caetano Veloso: “Aquele frevo axé”



Música feita originalmente para Gal Costa nos anos 90, aqui adquire o formato clássico de voz e violão do Caetano. A versão privilegia a ótima melodia e letra que fala de um carnaval com gosto de nostalgia. "Vejo o clarão se extinguir por trás da mão do poeta".

58. The Field: “Looping state of mind”



A peça que dá nome ao disco do The Field é um sofisticado eletrônico que faz relaxar por sua expressiva reiteração.

57. Tennis: “Marathon”



Indolor mas extremamente cativante. "
Shifty wind that gusts and dies".

56. Os Outros: “Pra começar”


O Som Brasil Marina Lima me revelou duas ótimas bandas: Os Outros e Letuce. Transformada em indie rock, "Pra começar" adquire as asas que faltavam. "Agora descubra de verdade o que você ama, que tudo pode ser seu".

55. Tony Bennett & Amy Winehouse: “Body and soul”

Atitude arriscada de Amy Winehouse fazer uma versão de uma música que já coube tão perfeitamente em Billie Holiday e Ella Fitzgerald. O resultado mostra uma Amy se não em pé de igualdade com as duas, não ficando nada a dever. E ainda serve como uma melancólica despedida. "My heart is sad and lonely"

54. Maria Gadu: "Podres poderes" Uma surpresa também para mim. Por pior que seja seu repertório autoral, aqui Maria Gadu só com seu violão deixa límpido o potente manifesto feito por Caetano, cuja versão original envelheceu mal. E já que a escolha já é polêmica, segue outra: ela toca melhor violão que ele. "Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo daqueles que velam pela alegria do mundo". 53. Caldo de Piaba: "Lambada classe A" O programa Ronca Ronca é dos grandes reveladores de artistas através do rádio assim como na TV é o Som Brasil. Foi lá que descobri essa gema da guitarrada de Belém do Pará. 52. Jay-Z & Kanye West: "Why I love you" A junção dos melhores rappers da atualidade é aquilo que se esperava: energia pop + ritmos eletrônicos sofisticados. "Showed love to you niggas".
51. Karina Buhr: "Não me ame tanto" O novo disco da Karina inspirou audições preguiçosas da minha parte, a não ser nessa música que se destaca das demais. Hino do romantismo niilista moderno, cativa por sua pegada rockabilly do sertão. "Faço um bolo de amor e jogo fora ou como e gozo dentro". 50. Booker T. Jones: "Representing Memphis" O mestre do órgão recorre a duas das melhores vozes contemporâneas: Sharon Jones e Matt Berninger do The National. Não tinha como ficar ruim. "I grew up there so don't talk about my city" 49. The Horrors: "Moving further away" Muito bom que o The Horrors tenha trazido de volta o lado dançável que o post-punk tinha esquecido. "There with all the people". 48. Foo Fighters: "Rope" Se foi em seu último disco que o Foo Fighters mostrou que ainda preza sua história rockeira, é com "Rope" que eles melhor se mostram como construtores de incríveis melodias e refrões. "Give me some rope I'm coming loose, I'm hanging on you". 47. The Black Keys: "Hell of a season" A acusação de que o Black Keys nos entregou seu disco mais comercial até então procede. Também procede que não por isso eles deixaram de fazer peças de extremo fulgor como essa. "Say you'll be better I'll keep waiting forever". 46. Shabazz Palaces: "An echo from the hosts that profess in infinitum" Na primeira audição, Shabazz Palaces se mostra como um hip hop de bizarrices eletrônicas de difícil assimilação. Com o disco já digerido, resta selecionar essa música, a única que me cativou de primeira. "You think I'm selfish, exist only to wish on stars". 45. Beth Carvalho: "Em cada canto uma esperança" Por mais que as inéditas que Beth Carvalho nos apresenta em seu novo álbum sejam sambas de primeiríssima qualidade, é na regravação dessa bela canção da Dona Ivone Lara que Beth mostra que está muito em forma. 44. Charles Bradley: "The world (Is going up in flames)" O nascer do sol no clipe nos mostra que o soul ainda viverá enquanto existir vozes como a de Charles Bradley. "They don't hear me cry, they don't hear me". 43. Real Estate: "It's real" Se ninguém se sentir culpado por gostar de algo extremamente indie... Difícil é resistir a um bom "ooooooo". "I carved our names into a tree". 42. Four Tet: "Pinnacle" De toda lista, minha favorita para uma pista. 41. Burial: "Stolen dog" Uma resposta categórica em quem via a fórmula do Burial já desgastada.

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quinta-feira, janeiro 05, 2012

TOP 100 - Melhores músicas de 2011 (#70 - #61)

















(mais uma vez sem acentuaçao)

70. Timber Timbre: “Black water”



Balada moderna, mas que pelos teclados retro e usos pontuais de saxofone nos leva para ambientes empoeirados do passado. “All I need is some sunshine”.

69. Four Tet: “Pyramid”


Talvez a peça mais dançavel de toda lista, eh a prova que o Four Tet faz o eletronico que eu gostaria que tocasse em raves. “I remember how you walked away”.

68. Dirty Beaches: “True blue”



Outras daquelas que me apareceram do nada. Apesar de achar que as baladas em baixa frequencia, o chamado lo-fi, ja se tornaram repetitivas, essa me cativou por algo tao obscuro como seu proprio tom. “And if I had the chance, I'd never let you go ooooo”.

67. Panda Bear: “Last night at the Jetty”



O fim de um relacionamento cabe numa pista de dança viajante. “Didn't we have a good time? I know we had a good time now”.

66. Matana Roberts, "Lulla/Bye"



Outro estilo que tambem parecia gasto: o free jazz. Depois dos trabalhos eternos de John Coltrane e Albert Ayler, mesmo apesar de ser uma musica aberta de possibilidades, sao poucas as que conseguem me captar como conseguiu o disco inteiro da Matana Roberts esse ano. Essa eh uma cançao de ninar que possivelmente minha tatataravo escrava poderia me cantar.

65. Björk: “Mutual core”



Se o novo disco da melhor cantora no mundo pode ter decepcionado apos poucas escutadas (e serao sempre poucas em se tratando de um trabalho da islandesa), com “Mutual core” ela prova seu talento de combinar sua voz deliciosamente estridente com combinaçoes eletronicas rebuscadas, que variam da placidez para a bravura. “This eruption undoes stagnation”.  

64. Matana Roberts: “Kersaia”



Aqui Matana inicia nos carregando junto ao seu sax ao que mais perto pode se chegar de uma melodia em se tratando do jazz experimental. Depois chuta o balde para um spoken word desconexo. Em seguida, chegamos numa festa cabaret, provavelmente de nossos senhores escravistas. Por ultimo, mais um balde chutado: o jazz volta a ser abstrato.

63. Criolo: “Lion man”



A principio, a musica do Criolo que melhor conjuga a pujança de suas rimas com o instrumental caracteristico do hip hop.  “Uma mente moderna, porém mal acabada eh o ser humano, o egoísmo e uma draga”.

62. Thurston Moore: “Circulation”



Fico imaginando o quanto essa musica seria fodona se estivesse embrenhada das guitarras rasgantes do Sonic Youth. Mas o melhor eh: isso nao eh necessario! “She just came by to shoot you, baby”

61. Pogo: “Murmurs of Middle-Earth”



Engraçado meu afeto por essa. Nunca tive uma grande relaçao com Senhor dos Aneis para alem de adorar a serie cinematografica. Acho que o que me impressionou foi a sofisticaçao no uso de autotune, saindo da esfera do humor para a construçao um belo vinculo com a obra de Tolkien.

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quarta-feira, janeiro 04, 2012

TOP 100 - Melhores músicas de 2011 (#80 - #71)


















80. The Horrors: “Endless blue”



Inicia-se como um belo dream pop de instrumental prolongado para depois pegar uma verve post-punk que mesmo se não for muito inovadora, é imensamente estimulante. “A glittering jewel that you never had”

79. Colin Stetson: “Judges”



Como é um disco muito coeso, procurei selecionar, apesar da dificuldade, apenas uma música do belo disco do Colin Stetson. Fica então o registro ao vivo da magia que ele consegue fazer com o saxofone em “Judges”. Mas também poderia muito bem ter escolhido “Clothed in the skin of the dead".

78. The Bats: “Free all the monsters”



Depois que o R.E.M. acabou, tods nós que gostamos de jangle pop ficamos um pouco órfãos. Bom que o gênero nega sua morte quando nos faz esbarrar com joias melódicas como essa que faz referência nostálgica aos monstros das nossas séries japonesas de infância. “Hey heyyyy ey ye”.

77. St. Vincent: “Dilettante”



Se alguem já perguntou que música Björk faria ser quisesse ser mais comercial, está aí a resposta. “Oh Elijah, don't make me wait”.

76. Rafael Nelvam: “Brasileirinho Foda”


Rafael Nelvam, o Gregory Brother brasileiro, tem uma lista de musicalizações de vídeos e 
reportagens de tv que fazem fama no YouTube e mashups juntando músicas completamente diferentes. Aqui ele une o maior viral do ano passado, o “Sou foda” dos Avassaladores, com o clássico do chorinho de Waldir Azevedo. Queria guardar para sempre a gargalhada que eu saltei ao ver isso pela primeira vez. Quem for na onda pode rir também do audiotune mais recente que ele fez juntando sucessos do YouTube de 2011: http://www.youtube.com/watch?v=HqhBRpSszLY

75. Tom Waits: “Kiss me”



Aos adoradores de um amor cafajeste, Tom Waits, em todo seu romantismo caquético, te dedica essa canção. “Outside on the street lover's eyes in the shadows”.

74. Criolo: “Não existe amor em SP”



O hip hop encontra o soul nesse testemunho, marcado pela gravidade do baixo, ao mesmo tempo sensível e brutal sobre os afetos na maior metrópole do Brasil e das maiores do mundo. “Os bares estão cheios de almas tão vazias”.

73. Thurston Moore: “Benediction”



Lendo a letra dessa bela (mais uma de tantas) canção, marcada por sopros e cordas, é inevitável pensar que poderia ser também uma antecipação do divórcio de Moore com sua companheira de Sonic Youth, Kim Gordon. “Thunder demons swipe her halo and then they run away”.

72. The Black Keys: “Little black submarines”



Duas músicas numa só: a primeira como se fosse uma música do novo disco do Thurston Moore, acústica e melódica e segunda entrando no rock n’ roll que o Black Keys não cansa de esfregar em nossas caras que, por eles, não está nenhum pouco morto. “But everybody knows that a broken heart is blind”.

71. Grouper: ”Alien observer”



Só para quem gosta de viajar: canto quase gregoriano combinado a sons etéreos. “Suddenly something passes by my window”.

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