Do Desastre ao Triunfo

variação, ondulação e vibração.

quinta-feira, setembro 17, 2009

o que não veremos no Festival do Rio

(nada como o Festival para me tirar algumas palavras)

Foi dada a largada: o festival que mobiliza os cinéfilos cariocas começa no dia 24 de setembro. A lista de filmes já pode ser conferida pelo site do G1. Tem muita coisa boa, mas só depois do anúncio dos horários que irei me aprofundar na escolha do que ver. Por enquanto, o que farei aqui é, negativamente, olhar essa lista e citar filmes pelo qual esperava a exibição que, infelizmente, não serão efeituadas no festival desse ano. São filmes que tiveram prestígio quando passaram pelos principais festivais (o quinteto Cannes, Veneza, Toronto, Berlim e Sundance) e não se enquadram em potenciais estreias comerciais. São eles, na ordem de maior dor para a menor dor:

Shirin, de Abbas Kiarostami (2008)

Visage de Tsai Ming-liang (2009)
Festival sem Tsai é meio estranho. O que será que aconteceu?

Like You Know It All de Hong Sang-soo (2009)
Sem Tsai, sem Sang-soo... Quem sabe ano quem vem?

Manilla e Independencia, Raya Martin (2008-2009)
O cinema filipino fazendo a revolução e a gente de fora dessa... Vale também para o Lav Diaz (com Melancholia) e Brillante Mendoza que mesmo com prêmio de direção em Cannes por Kinatay não dá as caras por aqui.

Vengeance (2009), Man jeuk/Sparrow (2008) e Sun taam/Mad Detective (2007) de Johnnie To
Ô Johnnie To, cadê você, eu vim aqui só pra te ver!

Wendy & Lucy de Kelly Reichardt (2008)
Depois da peróla Old Joy, a vontade de ver esse era imensa...

Un prophète de Jacques Audiard (2009)
Vencedor do Grande Prêmio do Juri no Festival de Cannes desse ano. Diretor de "De tanto bater meu coração parou"

Irène de Alain Cavalier (2009)
Passou meio despercebido em Cannes esse ano, mas me parece um preciosidade. Vamos ver se vem em 2010.

Let the Right One In de Tomas Alfredson (2008)
Cadê esse que parece se o melhor filme de terror da década? O filme me parece ter um potencial comercial e até esperava uma estreia no circuito daqui, mas nada feito por enquanto.

Afterschool de Alberto Campos (2008)
Qualquer referência à Elefante do Van Sant já é um motivo para assistir um filme.

Hunger de Steve McQueen (2008)
Programado para o Festival do Rio passado, foi cancelado, passou na Mostra de São Paulo e não deu mais sinal de vida.

El cant dels ocells de Albert Serra (2008)
Mais um que foi para a Mostra de São Paulo do ano passado e não deu as caras por aqui ainda.

Nanayo (Nanayomachi) de Naomi Kawase (2008)
Kawase dirigiu nada mais, nada menos que Shara, um dos melhores filmes dessa década. Sua ausência após o pequeno sucesso do seu último filme no Festival de 2007, o Floresta dos Lamentos, é incompreensível. Quem sabe ano que vem?

Ponyo on the Cliff by the Sea de Hayao Miyazaki (2008)
Cancelado no festival passado e com estréia prevista apenas para fevereiro do ano que vem. =/

Me and Orson Welles de Richard Linklater (2008)
Já estou sentindo falta do Linklater!

The Sky Crawlers/Sukai kurora de Mamoru Oshii (2008)
Uma pena que o Festival não valorize o suficiente o cinema de animação.

Air Doll/Kûki ningyô de Hirokazu Koreeda (2009)
Tudo bem que já vão passar um Koreeda mais parecido com o ótimo Ninguém Pode Saber, o Still Walking... mas tinha certa curiosidade com esta bizarrice.

JCVD de Mabrouk El Mechri (2008)
Toda a cara que vai chegar direto em DVD (se não já chegou). Quem viu diz que é a atuação da vida do Van Damme. Sim.

Naj sul/Daytime Drinking de Young-Seok Noh (2008)
Elogiado em Toronto. O interessante é que Noh além da direção cuida do roteiro, da fotografia, da edição e da produção.

El brau blau, de Daniel Villamediana (2008)
Filme elogiado na Espanha, mas como não participou de nenhum dos maiores festivais deve continuar distante daqui.

Män som hatar kvinnor de Niels Arden Oplev (2009)
Thriller sueco que fez certo sucesso na Europa.

Marcadores: ,