Do Desastre ao Triunfo

variação, ondulação e vibração.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

tempo é escasso: algumas palavras aos últimos filmes

só para não deixar em branco:


Poesia (Lee Chang-dong, 2010). 6/10
Paternalismo gente boa que sobrevive pela trama de dramas inesperados e atuação impressionante.

The trap: what happened to our dream of freedom (Adam Curtis, 2007). 7,5/10
BBC comprova o sopro de inteligência na TV: apuração e posicionamento crítico.

Amantes constantes (Philippe Garrel, 2005). 7/10
A revisão mostrou o belo encatamento nostálgico (do passado histórico e da nouvelle vague) algo frágil e arrastado.

Pacific (Marcelo Pedroso, 2011). 8/10
A classe média vai ao paraíso, mas também leva suas máscaras.

O mágico (Sylvain Chomet, 2010). 5,5/10
A deformidade e bizarrice de Belleville chega aqui diluída em gotas de mel para corações abertos.

Um lugar ao sol (Gabriel Mascaro, 2011). 6/10
O lugar é marcado por relatos absurdos de elitismos e preconceitos, mas o sol da objetividade do diretor é tampado por uma neblina que dificulta a visão.

A batalha de Algéria (Gillo Pontecorvo, 1966). 9/10
Cinema revolucionário por excelência: naturalismo, ideologia e ação de mãos dadas.

Demonlover (Oliver Assayas, 2002). 8/10
Trágicos tempos digitais que pervertem as genuínas emoções humanas em troca de pixels sangrentos.

A casa de Alice (Chico Teixeira, 2007). 6/10
Acompanhar como um anjo da guarda as aventuras de uma dona de casa tem os limites impostos pela própria estrutura do filme.

Meek's Cutoff (Kelly Reichardt, 2010). 7/10
O cinema de olhares e reações de Reichardt encontra na imensidão do deserto seu impacto e limitação.

Eu te amo (Arnaldo Jabor, 1981). 7/10
Sonia Braga como prostituta pinta e borda sobre a intelectualidade decadente, inclusive a do próprio diretor.

Eletrodoméstica (Kléber Mendonça Filho, 2005). 6,5/10
Exercício de estilo que tem em sua catarse sexual a razão de existir.

The house of the devil (Ti West, 2009). 7,5/10
No meio de tanto filme de terror ruim esse aqui fez a lição de casa como os clássicos do gênero: para assustar mesmo é necessário condensar toda emoção para um final angustiante.

Os deuses devem estar loucos (Jamie Uys, 1980). 5,5/10
Tentando ver do pastelão algo parecido com antropologia.

Melancolia (Lars Von Trier, 2011). 7/10
O casamento amarelado mostra um Von Trier em total domínio da direção de um filme que não sabe que rumo dar.

Elogio ao amor (Jean-Luc Godard, 2001). 8,5/10
As divagações (principalmente visuais) do próprio filme falam muito mais do que qualquer palavra que possa ser dita sobre.

Ex Isto (Cao Guimarães, 2011). 7/10
Só restaria a loucura se Descartes viesse ao Brasil?

The blood of Jesus (Spencer Williams, 1941). 8/10
Uma conexão com a negritude perdida, vista aqui com olhos de admiração e doce repulsa.

A felicidade dos Katakuris (Takeshi Miike, 2001). 4,5/10
Era preciso tomar alguma coisa pra entrar na onda?

Um lugar ao sol (George Stevens, 1951). 4/10
Me permita cometer essa heresia cinéfila, mas essa mistura de gênero desceu não...

Cinzas no paraíso (Terrence Malick, 1978). 7/10
Só resta o fogo para a América profunda.

Os smurfs (Raja Gosnell, 2011). 4/10
Diversão esterilizante.

Capitães da areia (Cecília Amado e Guy Gonçalves). 9/10
Uma belezinha que, ao que tudo indica, foi incompreendida. Mais aqui: http://satorilivraria.com/Cinema/Critica-Capitaes-de-Areira

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