FESTIVAL DO RIO 2011
A loucura de Almayer (Chantal Akerman, 2011). 2/10
Mais do que um total equívoco na carreira da prestigiada diretora francesa, ruim o suficiente para fazer suspeitar toda sua obra. Diálogos e narração constragedoramente didáticos para bater na velha tecla da decadência do branco europeu. esteticamente feio e artificial. Mas o pior: não mostrar o menor encanto por personagens já tão desencantados.
George Harrison: Living in the material world (Martin Scorsese, 2011). 9,5/10
Contato espiritual com o mais espiritualista dos beatles. Belo, vibrante e triste conto sobre a morte como só scorsese consegue fazer. All things must pass...
Todos seus mortos (Carlos Moreno, 2011). 7/10
A bruta realidade miliciana e burocrática repicada com humor negro e certa fantasia surrealista.
Drive (Nicolas Winding Refn, 2011). 7,5/10
A vida ultrapop de um herói urbano cuja violência surge pelo destino e pelo amor.
Tabloide (Errol Morris, 2010). 4,5/10
Ainda um alquimista do formato documental, mas aqui com certos deslizes em questões éticas.
O invasor (Nicolas Provost, 2011). 9/10
O estrangeiro integrado mais do que ninguém na cidade que o circunda; depois vem nós, espectadores, juntos à camêra que faz uma verdadeira radiografia do terreno urbano de Paris; sujo e/mas belo. E o fato da máscara ter muito de potência, não significa, ainda mais por questões raciais e sociais, que também não esteja carregada de fragilidade.
A pele que habito (Pedro Almodovar, 2011) - 8,5/10
Mais maneirista do que nunca na mistura livre dos genêros (cinematográficos e humanos).
As quatro voltas (Michael Frammartino, 2010) - 9/10
A caótica natureza despreza, em seu silêncio debochado e ciclos contínuos, a humanidade.
O cavalo de Turim (Bela Tarr, 2011) - 10/10
A rotina e o tédio de uma família provinciana sendo (não)afetada por alegrias ciganas, destempero (?) de um filósofo misterioso e o silêncio debochado (mais uma vez!) da natureza/bicho niilista.
PLUS/HIATO:
Trabalhar cansa (Marco Dutra & Juliana Rojas, 2011). 7,5/10
A classe mérdia, cheia de medo de sabe-se lá o que, em sua busca pela sonhada estabilidade de família patriarcal, desce ao inferno por sua paranóia (a mãe), fraqueza (o pai) e arrogância (a avó). Uma pena, no entanto, o mal ter sido materializado, tirando muito da força de um filme que se encaminhava ao completo brilhantismo.
Mais do que um total equívoco na carreira da prestigiada diretora francesa, ruim o suficiente para fazer suspeitar toda sua obra. Diálogos e narração constragedoramente didáticos para bater na velha tecla da decadência do branco europeu. esteticamente feio e artificial. Mas o pior: não mostrar o menor encanto por personagens já tão desencantados.
George Harrison: Living in the material world (Martin Scorsese, 2011). 9,5/10
Contato espiritual com o mais espiritualista dos beatles. Belo, vibrante e triste conto sobre a morte como só scorsese consegue fazer. All things must pass...
Todos seus mortos (Carlos Moreno, 2011). 7/10
A bruta realidade miliciana e burocrática repicada com humor negro e certa fantasia surrealista.
Drive (Nicolas Winding Refn, 2011). 7,5/10
A vida ultrapop de um herói urbano cuja violência surge pelo destino e pelo amor.
Tabloide (Errol Morris, 2010). 4,5/10
Ainda um alquimista do formato documental, mas aqui com certos deslizes em questões éticas.
O invasor (Nicolas Provost, 2011). 9/10
O estrangeiro integrado mais do que ninguém na cidade que o circunda; depois vem nós, espectadores, juntos à camêra que faz uma verdadeira radiografia do terreno urbano de Paris; sujo e/mas belo. E o fato da máscara ter muito de potência, não significa, ainda mais por questões raciais e sociais, que também não esteja carregada de fragilidade.
A pele que habito (Pedro Almodovar, 2011) - 8,5/10
Mais maneirista do que nunca na mistura livre dos genêros (cinematográficos e humanos).
As quatro voltas (Michael Frammartino, 2010) - 9/10
A caótica natureza despreza, em seu silêncio debochado e ciclos contínuos, a humanidade.
O cavalo de Turim (Bela Tarr, 2011) - 10/10
A rotina e o tédio de uma família provinciana sendo (não)afetada por alegrias ciganas, destempero (?) de um filósofo misterioso e o silêncio debochado (mais uma vez!) da natureza/bicho niilista.
PLUS/HIATO:
Trabalhar cansa (Marco Dutra & Juliana Rojas, 2011). 7,5/10
A classe mérdia, cheia de medo de sabe-se lá o que, em sua busca pela sonhada estabilidade de família patriarcal, desce ao inferno por sua paranóia (a mãe), fraqueza (o pai) e arrogância (a avó). Uma pena, no entanto, o mal ter sido materializado, tirando muito da força de um filme que se encaminhava ao completo brilhantismo.
Marcadores: akerman, almodovar, frammartino, moreno, morris, provost, refn, rojas e dutra, scorsese, tarr
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial