Meu nome é Dindi
"Meu nome é Dindi" é um filme muito estranho. É o primeiro de Bruno Safadi, ex-assistente de direção de ninguém menos que Julio Bressane. Pronto. Você já sabe o que esperar dele: planos longos, fraturação de tempo, elementos visuais surrealistas, gosto pelo ridículo e diálogos inusitados. É por aí, mas por ser um cinema mais reverencial é mais reiterativo nos velhos tópicos de Bressane. A mistura de gêneros é interessante e a transição por eles está impressa no dispositivo de liberdade que o mesmo exige para si. Liberdade exigida? Por aí também. Nada é muito natural e a pretensão é companheira constante. Talvez esteja aí o charme do filme? Pode ser ou talvez não precisemos forçar tanto a barra. Djin Sganzerla em estado de graça; Carlo Mossy de volta às telas na pele de um vilão canastrão; belas cenas supra realistas e nostálgicas na praia; uma brincadeira com os códigos e clichês dos cinemas de gênero: já não está bom para você?
"Meu nome é Dindi" (Bruno Safadi, Brasil, 2007). 7/10
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