Do Desastre ao Triunfo

variação, ondulação e vibração.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Cisne negro

Bem que quando Natalie Portman ganhar sua primeira estatueta neste Oscar, poderia dividir o prêmio com o diretor Darren Aronofsky e o editor Andrew Weisblum. A questão não é desmerecer a láurea dada à Portman, que já deu diversas provas da enormidade do seu talento. É dar crédito ao trabalho dos dois responsáveis para que toda sua variedade de expressões faciais encontrasse um veículo perfeito. O trabalho deles é essencial para fazer crível a incrível farsa de sua história. Apoiados em um roteiro que, por vezes, se excede nas explicações verborrágicas, conseguem tornar palpável toda psicopatia de sua protagonista. Aronofsky mantém sua autoralidade ao usar câmeras de mão e planos longos, dando um efeito naturalista belamente contrastante com as imaginativas cenas da loucura (que, sem forçar a barrar, remetem muito ao cinema de David Cronenberg); trabalho sofrido para Weisblum montar. Dessa junção surge a tensão; "Cisne negro" é quase um filme de terror. Uma fábula poderosa sobre a maturidade, o sacrifício em nome da arte e a percepção que nossos piores inimigos somos nós mesmos.

“Cisne negro” (Black swan, Darren Aronofsky, EUA, 2010). 7,5/10

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